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AS MULHERES QUE AMEI

Se levantarmos a venda que cobre nossos olhos cotidianos, perceberemos como a violência contra a mulher tem sido tratada de maneira mais tangível recentemente, ainda que insuficiente.

 

Aqui exploro esses espaços de discussão porque me sinto conectada a todas as mulheres que sofrem ou sofreram violência decorrente da misoginia disfarçada de amor.

 

Essas relações são permeadas por sentimentos de desprezo, preconceito, repulsa e aversão a tudo que remete ao feminino, desregulando as relações humanas.

 

A pesquisa costura retalhos de inúmeras histórias diárias, atravessando a vitimologia e as ações do Estado que, no exercício do controle formal (ou na ausência dele), muitas vezes penaliza a vítima ao permitir o apagamento da identidade da mulher violada. Ela acaba sendo reduzida a um registro biotípico, estatístico ou a documentos públicos, esquecida como ser humano. 

 

Também me interessa abordar como a sociedade encara esses tipos de delitos.

Construído por ensaios, séries e singles, a pesquisa navega por esse universo que transcende culturas, línguas e geografias, com o intuito de criar um espaço onde o tema possa ser discutido sem receios.

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ENGAVETEI
MEUS AMORES

E se a vida feminina fosse só um colecionar infinito de de agressores?
 

analog collage


 

3 x 4

Em 2020, durante a pandemia na Itália, os números de feminicídio e de violência contra a mulher atingiram patamares inéditos. O lockdown forçado, ao invés de mostrar o melhor da convivência entre as pessoas, muitas vezes foi o estopim para que o pior viesse à tona. Dentro de relacionamentos afetivos longos, muitas pessoas perceberam que não conheciam seus pares dentro do próprio lar. E esses casos se propagaram, depois, por todo o mundo ocidental onde o lockdown foi decretado, acompanhando ou superando os números italianos, conforme a pandemia se instalava.

A violência contra outro ser humano é algo que me toca, especialmente quando ela se dá em decorrência de uma relação afetiva, como o feminicídio.

Escolhi trabalhar este tema através de um livro têxtil, porque esta é uma linguagem antiga, é um idioma que falam as mulheres que honram o fazer manual desde sempre. E o têxtil sempre esteve presente no universo feminino, seja como adorno estético ou de protesto, seja como construção ou recuperação de vestimentas. O têxtil tem em si todas as possibilidades narrativas, registrando histórias do quotidiano da gente comum.

O desenrolar do livro também é uma alusão a como o assunto da violência contra a mulher vem aparecendo dentro das sociedades modernas, mostrando, aos poucos, as fotos de várias mulheres para ilustrar a contagem de vítimas da violência. A escolha de fotos de arquivo tem a ver com a atemporalidade do tema. E as imagens são suturadas no livro pensando nas feridas escondidas por baixo das normas sociais.

O video 3 X 4 venceu o prêmio multimídia no  14o. FestFoto - Fotograma Livre, em 2021, em Porto Alegre, Brasil. O livro têxtil foi exposto na mostra coletiva de livro de artista "Brasil: ácido e sedutor", em 2022, em Catania, Itália.

A série AMORES MODERNOS foi exposta na mostra coletiva OLTRE LO SPECCHIO, em 2024, em evento promovido pelo governo municipal de Silvano D'Orba, Itália.

Analog collage

2021

várias dimensões

Livro Têxtil e VideoArt

2021

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AMORES MODERNOS

A série AMORES MODERNOS foi exposta na mostra coletiva OLTRE LO SPECCHIO, em 2024, em evento promovido pelo governo municipal de Silvano D'Orba, Itália.

Analog collage

2021

várias dimensões

RADIOATIVA

Incluso en un nuevo milenio,

las mujeres siguen siendo radiactivas.

Ciegan con su luz brillante y plateada

que invade hasta lo que es más oculto,

abandonado, olvidado...

Como prejuicios velados,

Como la mano que amenaza,

pero no golpea en público.

Rosario Castellanos

RADIOATIVA foi selecionada e exposta no Salón Homenaje a Mujeres de la Ciencia, em 2021, no Centro Argentino de Arte Textil, Buenos Aires, Argentina.

Intervenção têxtil sobre analog collage

2021

20 x 30 cm

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MEUS SUPERPODERES

MULHERES TARJA PRETA, CONTRAINDICADAS, QUE CAUSAM DEPENDÊNCIA FÍSICA: NÃO HÁ DE VEZ EM QUANDO, TOMA-SE UMA DOSE JÁ DESEJANDO OUTRA.

- Fenanda Young

COISAS QUE VOCÊ NÃO VÊ

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MADAME PAGU

ARTES VISUAIS & OUTRAS DROGAS

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