OLÁ, SOU
MADAME PAGU
Eu sou completamente apaixonada por gatos. Adoro livros, filmes e música boa. Danço todos os dias porque isso faz bem para a alma. Adoro neve, o barulho e o cheiro do mar. Me comovo com facilidade. Uso com amor a máquina de escrever que meu pai me deu quando eu tinha 15 anos. Canto dentro e fora do chuveiro. Sou uma boa amiga. Sorrio sempre. Costuro coisas à mão, à máquina e nos meus pensamentos. Sempre encontro uma boa palavra para dizer a alguém. Coleciono tesouras e pedras de praia. Sempre tive o sonho de ter uma Polaroid. Desde que meu olfato voltou a funcionar, uso e coleciono perfumes. Estudo muito porque sou muito curiosa sobre todas as coisas. Acredito que conhecimento não deve ser represado, então compartilho com prazer tudo o que aprendo. Eu sou advogada e aprendi muito cedo a diferença entre Direito e Justiça. Tenho linhas, tecidos, canetas, tintas e papéis de todos os tipos, mas nunca acho que são o bastante. Faço journaling desde antes de aprender a escrever. Ainda não aprendi a lidar com elogios. Conto histórias através da escrita, do bordado, da collage, da prosa e da poesia, da fotografia e de todo e qualquer modo que me permita construir memórias. Preto sempre foi e sempre será minha cor favorita. Frequento feiras de antiguidade porque adoro fotos, móveis e cartas antigas. Me agradam as coisas que eu posso fazer lentamente, com minhas mãos, vivendo completamente cada minuto. Tudo isso me trouxe até aqui. É o que me move. É o que me faz respirar.




dinâmicas de poder
os conceitos mais presentes no meu trabalho
feminino
percepção da passagem do tempo
direito de escolha
memória
Nada mais indigesto para um mundo dominador do que a liberdade de uma mulher.
- Fernanda Young
CRIAR JUNTO DE OUTRAS MULHERES
É UMA EXPERIÊNCIA ÍNTIMA E PODEROSA
DESsarquivos Coletivo Feminino de Arte
Em 2024, junto com as artistas Nayara Rangel, Vania Viana e Ulla von Czékus, fundei o coletivo DESarquivos. Nos debruçamos sobre questões que flutuam no universo feminino, pesquisando e produzindo trabalhos a partir da fotografia autoral e, principalmente, fazendo uso de arquivos pessoais e alheios, para narrar histórias que cultivam experiências e memórias, reais e fabuladas, mas que tenham densidade suficiente para abrir frestas entre as posturas e regras que foram, ao longo do tempo, impostas às mulheres.
MOIRAS Coletivo Feminino de Arte Postal
Em 2023, junto com as artistas Aline Cavalcante, Nayara Rangel, Vania Viana e Ulla von Czékus, iniciei a criar e enviar arte analógica pelos serviços de correio (uma aventura, se pensar no serviço postal italiano). Experimentamos a doce ansiedade da espera pelo carteiro que faz as obras de umas chegar às mãos das outras. Nesse coletivo que obedece ao próprio tempo, seja de produção como de deslocamento das obras, trabalhamos com a memória e com o universo feminino, condensando nossas narrativas em cartões postais que passeiam de um lado a outro do Atlântico.






