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AS FAMÍLIAS DE TOLSTÓI

Como um livro pode penetrar nas suas entranhas



Eu tenho certeza de que você já viu essa frase em algum lugar:



Todas as famílias felizes são parecidas entre si. As infelizes são infelizes cada uma à sua maneira.



Mas se por acaso você tenha passado os últimos anos em Marte, aí vai aquela ajudinha: essa é a abertura do romance Anna Karenina, de Liev Tolstói, que teve sua primeira edição em 1877, na Rússia e chegou em terras tupiniquins em 1943 (publicada pela Editora José Olympio, com tradução Lúcio Cardoso). E sim, é considerado um dos grandes e mais importantes romances mundiais.


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Eu li esse livro maravilhoso pela primeira vez quando tinha por volta de 12 anos.


Na época era comum assinar uma espécie de clube chamado CÍRCULO DO LIVRO (fundado em 1973, como uma parceria entre a Editora Abril e a alemã Bertelsmann), que entregava na sua porta, mensalmente, títulos importantes da literatura mundial.


E isso fazia um mega sentido, pois naquela época não tinha uma livraria em cada esquina, não existiam ebooks ou audiolivros, nem a saga Amazon.


Por conta disso, muito cedo tive contato com livros muito bons, mesmo que nem todos fossem adequados à minha idade.


Mas voltando ao Tolstói: essa frase sempre me intrigou.


Reli Anna Karenina em outras fases da vida, e em cada uma delas tive uma experiência feliz e diferente. Mas a frase seguia me intrigando.


Olhava as famílias ao meu redor – e mesmo a minha – e me lembrava da frase, um pouco misturada com a memória das propagandas de margarina, que tinham aquele café da manhã em família quase irritante de tão feliz.


Me lembro de querer fazer uma lista com as famílias felizes que conhecia, mas desisti logo, depois de entender que, realmente, cada família tem uma cadência que é só sua.


Em 2019 comecei a rabiscar o que se tornaria o meu projeto MOTHERHOOD, que reúne obras de collage, intervenção têxtil sobre fotografia, arte têxtil e autorretrato.


Man mano (essa expressão simpática que se usa aqui na Itália para dizer aos poucos) percebi que Motherhood era apenas parte de um projeto maior.


Normalmente desenvolvo mais de um trabalho ao mesmo tempo (eu sei que você pode achar isso bem doido, mas eu funciono super bem assim), e percebi que tudo o que eu estava fazendo se relacionava com os olhares sobre o conceito de família.


Olha, artista também precisa de um mínimo de organização para que as coisas funcionem bem; e eu, como uma virginiana D.O.C. que sou, decidi colocar todos esses trabalhos dentro de um projeto maior que se chama AS FAMÍLIAS DE TOLSTÓI.


E então, tudo passou a fazer mais sentido para mim.


Fiz um rebranding há pouco tempo e grandes mudanças em meu site, mas você pode dar uma olhadinha nos trabalhos que já estão por lá e que tratam do tema família.


E sabe, eu sou muito curiosa para conhecer o processo criativo de outras artistas e como elas gostam de organizar suas obras e projetos. Compartilhar conhecimento, para mim, é uma das coisas mais atraentes em uma pessoa. Então, se você faz parte desse time de artistas que gosta de trocar experiências, considere me contar um pouquinho da sua trajetória: eu vou adorar abrir uma conversa com você sobre isso.




com carinho,


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MADAME PAGU

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